terça-feira, 30 de outubro de 2007

Capítulo 4:: Um dia antes

Pois é, o dia chegou...
O quê? O dia antes da viagem? Não é disso que estou falando.
O dia em que a Brasília do meu tio quebrou na minha mão.

"Retrospectiva"
Meu tio tem uma Brasília. Ano 1980. Branca. Super cuidada e amada por ele. Um carro que vale uns 20 mil pelas contas dele, mas a conta do mercado é bem mais modesta: 3 mil. As meninas acham bacana eu dirigí-la. Os meninos acham o máximo se ter uma Brasília nos dias de hoje. Eles são doidos para guiá-la. É cool! Mas se fosse para trabalhar todos os dias com ela, acho que eles não iam achar "tão cool" assim.

Bom, mas eu gosto dela. E ela é muito prestativa quando eu preciso. E eu sabia que, mais cedo ou mais tarde ela poderia me dar "um probleminha" no caminho. E ela deu. Apenas foi no dia errado: o dia antes da viagem.

No sábado, eu só precisava ir: na aula de inglês, na Maiume, na depilação, no shopping comprar uma bolsa, na Vanessa. Precisava também arrumar a minha mala, dar um beijo no meu namorado, tomar um banho relaxante, dormir a noite dos deuses, ajeitar as últimas coisas antes de largar tudo por um mês. Só isso!

Mas aí ela quebrou. No prédio da Maiume. E aí foi a maior novela:
- dois santos que trabalham por lá empurraram a caranga até a vaga do carro da Mai que ficava longe de onde ela mesma tinha morrido
- ligação para o meu tio para saber se ele por alguma acaso poderia me ajudar
- chamado do Mario
- tiveram até as esfihas da Dona Marilu - e digo que isso foi a única parte boa disso tudo
- chamado do guincho

Depois de 3 horas, já meia-noite, chega um sujeito maltrapilha e de dar medo. E até aqui eu aguentando firme tudo isso. O sujeito amarrou o carro no guincho. Puxou. Subiu. Fez barulho. Mas na hora que ele quase enroscou o teto da Brasa numas vigas da garagem da Mai eu chorei. Muito. Perguntava porque aquela merda toda estava acontecendo comigo. Pobre da Mai. E do Mario também. Mas eu já estava tendo um ataque de nervos.

Mas no final deu tudo certo: o cara do guincho não amassou o teto do carro, eu cheguei em casa sã e salva, ainda assim fui até à casa da Van, minha mala ficou pronta. E tudo foi.

Esqueci completamente o meu dia anterior na fila da Polícia Federal. Amém.

"uma imagem apenas para não esquecer do nosso assunto principal aqui"

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Capítulo 3:: dois imãos

Então, aqui segue a história dos filhos da dona Helena.
Eles carregam nomes pra lá de gregos.
> Constantino - muito popular por lá. Quando ele ficar velhinho, será chamado de Seu Costa
> Alexsandra - é muito gostoso ouvir os gregos pronunciar o meu nome. Eles tem um sotaque...

O plano da viagem vem todo deles. Um corre com a estratégia, o outro com o opertacional. Tudo para dar certo, ajeitado, contratado. Primeiro visitaremos a terrinha delas, depois partimos para as ilhas (e nada de cruzeiros), três dias em cada uma delas, vamos para a capital, ao Peloponeso. Aproveitamos e passamos pela itália, ok?

Bom, começou assim. Ao final, não aguentava mais planejar, planejar e planejar. Queria logo embarcar, mas minha educação não permite: tudo tem que ser bem pensado, as tarefas todas executadas, os pagamentos previstos, os itens comprados. Características do Marcelo, que agira são minhas também.

Partimos. E foi ótimo, como não podia deixar de ser. O Marcelo é ótimo. É um irmãozão. Companheirão mesmo. Talvez seja por isso que eu tenha ciúmes deles (e as minhas amigas me enchem o saco por conta disso). E eu tenho mesmo. Assumo e conto para quem quiser ouvir, inclusive para a namorada dele. Ela acha engraçado, mas não deveria (deixa ela ler isso aqui - hahaha).

A gente junto fala muita bobeira. Se diverte à beça. Comentamos tudo, dividimos pontos de vista. Choramos de rir com as coisas engraçadas da viagem, como por exemplo quando o transfer foi nos buscar de um hotel para irmos ao outro, em Thessaloniki. Era nossa primeira cidade e a bagagem da mulherada já não cabia mais no porta-mala. Aí elas foram penduradas no carro, que atravessou a cidade daquele jeito. Eu fiz xixi nas calças. Pena que esta foto ainda não está revelada. Bom, e outras histórias diversas que serão apresentadas no decorrer do blog.

Outra coisa que ele fez muito foi tirar umas fotos minhas despretenciosas. E só as descobri quando ele me deu as imagens dele. Nem preciso dizer que adorei. Todas com uma leitura poética da viagem, de mim, da vida.

Além de tudo isso, no decorrer da viagem, descobrimos 2 ótimas oportunidades de negócios.
- A primeira é abrir uma agência de viagens para a 3ª idade. No mercado existe muito isso, mas só nós dois conhecemos a fundo este negócio: vontades de crianças x pique de velhinho. Isto é um equilíbrio que poucos saber lidar.
- A outra oportunidade é escrever um guia de viagens. O mercado está repleto deste produto também, mas somente o nosso guia contará detalhes jamais visto no mundo das excursões turísticas. Por exemplo: em Santorini muito se fala nos 587 degraus que levam os turistas do porto ao topo da ilha, montados em burricos. Mas o que eles esquecem de mencionar é o cheiro quase insuportável de xixi e cocô de burro que aquele lugar é impregnado. Os burricos não tem dó: os turistas em cima deles e eles cagam sem pestanear. Outro exemplo: uma grande erupção vulcânica atingiu esta mesma ilha, Santorini, no século 17 a.C. e varreu Akrotiri do mapa, soterrando esta cidade com lava. Em 1960 começaram as escavações que deixarama cidade, intacta, à mostra. A única coisa que eles não mencionam é que no ano de 2007 Akrotiri estará fechada ao acesso ao público, por conta de mais escavações, sei lá.

São informações básicas e simples que podem transformar a vida de um viajante.
Vamos pensar bastante no assunto.

Por enquanto é isso.
Por ora, seguem algumas imagens nossas do decorrer da viagem.









Com a gente nesta viagem também estava alguém muito importante em nossas vidas. Nosso outro irmão, Cristian. Esse nome também é de lá, pois existem muitos Christos (como o meu tio, irmão da minha mãe). Nós aproveitamos a viagem em um plano, ele em outro. Num que eu ainda não entendo muito bem como funciona, mas aceito.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Capítulo 2:: três senhoras gregas

Codylenia, Eugenie e Anastasia. Mais conhecidas como dona Helena, tia Ivani e tia Taçula.
Esses são os três elementos centrais de tudo. É com elas que a história vai ter o encantamento.

Olha, rolou de tudo na pré-viagem. Indagações de tirar a paciência de qualquer um.
"O tamanho da mala que comprar. Quanto de euro levar, e onde guardá-lo durante a viagem. Que roupas colocar na bagagem. 30 calcinhas? Será que eles apreenderão os 25 tipos de remédios que estamos levando? Blusa de frio? Será que conseguiremos entender o que os gregos falam? (nessa aqui eu achei meio absurdo - se elas não entenderem os gregos, quem entenderá?). A nossa terrinha... O mar azul... As velharias dos sítios arqueológicos... A comida. Os presentinhos. O liváni. O carvãozinho. O halvá. Ouzo. Salada grega. Mas vai dar tempo? Mas vai tá sol? Mas e se eu não aguentar andar durante os nossos passeios?"

Mas na hora do embarque, tudo passou. E elas se divertiram à beça. Como crianças.
Aliás, aqui tivemos os papéis invertidos: aqui elas eram as filhas.

Verdadeiras crianças soltas para brincar à vontade.
E pode acreditar que elas brincaram.



segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Capítulo 1:: o plano

Tudo começou há 55 anos atrás, quando o meu papous (avô) deixou pra trás a pobreza que a 2ª Guerra Mundial tinha espalhado pela Grécia. Decidiu que tinha que mudar dali (ele não tinha muita paciência para as coisas). Foi buscar o que era o mundo e viu que tinha 3 alternativas. Que tipo de alternativas? 3 diferentes destinos que os navios dispunham naquele momento da decisão. Canadá, Austrália e Brasil. E adivinhem o que ele escolheu? E sabem qual foi a razão da escolha? O navio para o Brasil sairia primeiro... (Sem comentários aqui por enquanto...) Depois de ter vindo pra cá, sozinho, e buscado o melhor durante um ano, ele mandou trazer a sua família: sua mulher (minha iaiá) e seus filhos. É aqui que começa a minha história. Minha mãe nesta época tinha apenas 9 anos. E muito se passou durante estes 54 anos no Brasil. Histórias que encheriam este blog (que numa outra oportunidade colocarei aqui). E dentre muitas, tinha uma especial: o desejo de se voltar à terra natal.

Minha viagem foi planejada durante 54 anos. Não dá pra acreditar! Só estando na pele desta família para entender porque isso tardou tanto. Mas agora não importa mais. O que importa é que uma das netas do Seu Guérlovas (também conhecido por Seu Barba Costas) decidiu resolver esta questão. Em 2005 iniciamos os planos, mas eles tiveram que esperar o passaporte da minha mãe ser renovado - e isto durou quase 2 anos.

Em fevereiro de 2007 ele saiu. Fiquei doida. Gritava para todos os cantos que finalmente nós iríamos pra Grécia. Minha mãe e minhas tias iriam retornar ao lugar que nasceram. Eu iria conhecer a minha origem - e me encontrar na essência. Meu irmão, voltar e vivenciar o que estar na Grécias com as gregas. De fevereiro à setembro, não se deixou passar um dia sequer sem que nos preocupássemos em planejar, calcular, pensar e sonhar sobre a nossa viagem.

Visitar. Experimentar. Cheirar. Olhar. Andar. Viajar. Descansar. Fotografar. Aplaudir. Sonhar. Chorar. Lembrar. Encontrar. Reencontrar. Contar. Cantar. Sentir. Comer. Brigar. Encabular. Falar. Conhecer. Saber. Todos estes verbos nos acompanharam em tempo integral.

Dispomos de vários guias de viagem: 3 senhoras gregas, Marcelo-meu irmão, o instinto grego, e guias propriamente ditos presenteados por amigas queridas.

Haja fôlego para tudo que nos espera.

Capa da revista Viagem, captada por mim mesma. Em Mikonos: a ilha das casinhas brancas, coloridas pelas flores que ficam na entrada, e do mar azul.

Uma das tardes num passeio despretencioso. A única coisa aqui era sentir.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A viagem da minha história:: índice

1. O plano
2. Três senhoras gregas
3. Dois irmãos
4. Um dia antes
5. O roteiro
6. Thessaloniki
7. Mikonos
8. Santorini
9. Creta
10. Rhodes
11. Athenas
12. Detalhes sobre a vida grega
13. Milão e Roma
14. O que dá vontade italiana
15. A volta
16. Capítulos adicionais


" pôr-do-sol em Mikonos"

A História

Então... Acho que chegou o momento de contar uma história. Não qualquer história, mas a minha. Ou melhor, a origem do que é a minha história. Muito são os pedidos, pois as meninas estão e-n-l-o-u-q-u-e-c-i-d-a-s para saber da narrativa. Cuidados nos detalhes para se pensar na composição: o formato, o jeito de contar, as fotos, os detalhes... Espero não esquecer de nada. E não desapontar. Vamos lá.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Período de Férias

Caros leitores,
estamos em férias no periodo de 2 a 30 de setembro.
Contamos com a colaboração de todos. E até a volta.
Com muita novidade e histórias do Mundo Antigo.
Guineka

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Senhora Codylenia


Dia 26 de Agosto é dia de festa lá em casa. Normalmente minha mãe faz um charme para festas em sua homenagem: é muito caro, é muita gente, dá muito trabalho... Mas ontem ela se convenceu e o melhor foi a sua comemoração em casa. Ela estava tão feliz (acredito que o fato da viagem ajuda muito), tão orgulhosa dos seus sessenta e três anos - escritos com confeti no bolo(pois ela é muito mais jovem do que isso de espírito, de vontade, de garra, de sonhos), tão empolgada com a tia Ivani - da foto (só falavam da viagem), tão querida (pessoas em casa, telefonemas que não pararam, presentes) e com tanta vontade de fazer a comida que ela faz bem e adora ser elogiada por isso (bolo - o mesmo que ela fazia nos nossos aniversários de criança, lasanha de matar o padre, picanha na cerveja, salada com o tempero que só ela sabe fazer, e farofa da padaria mesmo).
Minha mãe, vulgo dona Helena (como costumam chamá-la, sabe lá deus porque), está feliz hoje. E quero isso pra ela sempre. Ela é minha inspiração de vida, uma guerreira jamais vista.
A Grega nasceu em Thessaloniki, e pequenina veio para um país que não sabia o que iria encontrar. Aprendeu a língua na raça, cresceu por aqui, trabalhou fora, saiu desse mesmo trabalho porque precisava cuidar da minha avô, cuidou, casou, teve três filhos. Cuidou do marido, da mãe, do pai, do irmão, da filha do meio, do filho mais velho e do mais novo. Uns já se foram, outros ainda estão por aqui. Agora ela cuida dela. E todos nós.
Mãe, a gente de ama daqui e de lá do outro plano.
Coisas pra se falar dela não acabam. Não caberiam aqui neste espaço, pois ela é muito maior.

Campanha - resultado

Depois de uma árdua campanha, eis que chegamos no resultado positivo dela: ligação de Tati Cristina numa manhã de domingo. Não poderia ter sido melhor. Falar sobre Barcelona, vista do quinto andar, fotografia, catalão, trabalho, bar e bebida, saudades, encontros de São Paulo. Grécia e Itália, aniversário dia 28 de setembro. Sonhos. Desejos. De novo saudades.


sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Olhos inchados

Hoje juntou tudo. E quando tudo resolve aflorar, o remédio é chorar. Choro para passar a mágoa, a dor, a solidão, a saudade, a felicidade que dá tristeza, choro... E o tamanho dos olhos? Ficam enormes, saltados, vermelhos, indiscretos.

Campanha

TATI CRISTINA, APAREÇA!
Precisamos marcar o nosso café em Paris!
Hahaha.
Amo-te.

Contando os dias

Eu espero por isso há uns poucos anos. Planejo há sete meses. Mas nada se compara à expectativa de três senhoras gregas: elas já estão de maças prontas há semanas. E já está chegando a hora. Eu não consigo imaginar a minha reação de ver a reação de minha mãe. O que será que passará pela cabeça desta senhora? E pelo seu coração? Só de pensar dá um aperto no peito. Que Deus nos dê força para tudo isso!

Tessalonika / Mikonos / Santorini / Creta / Rhodes / Atenas
Seu Kiriakos / Gerlovas tios, primos e afins
Taverna / ouzo / quebra de pratos
Grego: casamento /salada / churrasco / azeite / incenso / baklavá
Padres ortodoxos / senhorinhas de preto / ruelas / casinhas branas / igrejas com cúpula azul
Acrópole / Palácio de Knossos / Olímpia / Oráculo de Delfos / Parthenon / Templo de Zeus
E tudo mais que existe por lá, mas que não consta nas revistas, livros e programas de turismo

Sem esquecer o Centro da Moda e o Papa.

A vida mais gostosa

É tão gostoso saber que eu posso ler e reler mensagens assim. Publicarei aqui, no meu orkut, nos meus cadernos... Esta mensagem foi em um dos meus aniversários também. Não importa em que ano foi, pois pra mim é atemporal o seu significado. Com a Guedes é assim: prosa preta verso violeta

Grega, hoje há uma mensagem especial, que fala sobre gostar de você. É mais ou menos assim: Eu gosto de fazer você rir e chorar, de cabular pra ir no bar, de sair fugida pra almoçar, e depois tomar café e fumar. Gosto de ir na sua casa, gosto que você venha em casa, e gosto de ver último capítulo de novela enchendo a cara, pra depois eu vomitar e você me atazanar. Gosto de te contar meus atordoados casos apaixonísticos, gosto que você me olhe com olhos cabalísticos, gosto dos riscos. Gosto da segurança, gosto de você criança, gosto do verde dos olhos-esperança. Gosto de comprar sapatos contigo, gosto que me apresente seus amigos, gostamos de xingar nossos supostos inimigos. Gosto de rastejar na Bienal cansada, de ir no cinema de madrugada, de fazer a unha, e depois beber, ou de fazer nada. Gosto da sua gargalhada. Gosto do gosto de ter você na minha vida. E agradeço sempre quando eu rezo. Pois é tanto gostar que só tem um verbo que o defina: amar.Eu te amo, nessa e em todas as vidas***

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Manifesto da Pequena, parte II

Esse aqui também é bem legal!

Álex, Ale, A
A que não é pagodeira
A que é mpbeira
A que é uma fortaleza
A que é uma lágrima
A que é grega
A que é filha de feijoadeira
A que é olhos azuis
A que tem coxões
A que sumia inexplicavelmente
A que tomava breja comigo
A que tomou pó de guaraná
A que tombou no meu colchão
A que adora papeis coloridos
A que usa meias coloridas
A que ainda vai bancar um jantar no Spot
A que vai se embebedar hoje
A que não agüenta a bagunça do meu quarto
A que adora o strogonoff da Dona Marilú
A que nunca foi de beber tanto
A que fala Vamu virá
A que vê cidade dos sonhos
A que chorando, chorando...
A que sofreu muito
A que tenta entender a vida
A que falou pra pensar primeiro em mim
A que dá força pra mim
A que é Tríade
A que grita UHU!
Alex, Ale, A – a amiga que eu amo!

Chorei.

Manifesto da Pequena, parte I

Sempre quero muito fazer tudo. Mas depois que a empolgação passa, eu deixo pra lá. E, por conta disso, tomei uma baita bronca hoje da Pequena. - Mai, queria muito colocar aqui o seu relato emitido em um dos meus vinte e oito verões. Fica aqui, fica no meu coração, fica pra sempre!

"Hoje vai ser uma festa, bolo e guaraná, mto doce pra vc. É o seu aniversário... E fase trash q estamos vivendo... Hoje é dia de agradecer a Deus (até parece q sou das religiosas), mas é verdade, agradecer a Ele por ter te colocado no meu caminho. Tudo começou qdo eu tive a pachorra de olhar pra sua cara e falar q vc tinha cara de pagodeira em plena aula de psicologia. Escrevendo isso, fiquei pensando, pq depois de ter te falado isso, nos tornamos amigas? Sim, vc perdoou a gótica revoltada q existia em mim. Bom, vc escreveu pra mim outro dia q gostaria de escrever pra mim palavras doces, então vamos combinar da seguinte forma, escrevo por nós, seu eu esquecer de alguma coisa, afinal isso é Coisa de Maiume, vc complementa num scrap pra mim, tá! As vezes, baixa uma inspiração em mim (apesar q a Van é insuperável), normalmente em aniversários, porque da vontade de falar o qto se gosta da pessoa... pra celebrar a vida... Bom, mas chega de conversa e vamos lá:"

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Hoje

Estou me sentindo a própria noiva cadáver.
Ai meu Deus!
Tudo passa. Isso também vai passar.

domingo, 19 de agosto de 2007

Como é, na visão da Julia

Aqui está o relato sobre uma amiga da Ju Fregona: a Grega

A primeira vez que eu conheci a Alê, eu tinha 14h de paulista. Ela virou para mim e foi sincera: "deixa eu te dar um abraço logo porque, pelo resto do dia, estarei ocupada demais para isso!" Meio abismada, eu disse ok e ela me deu um abraço por cima das baias que separavam nossas mesas. Pensei que paulista era assim mesmo.E ela andou ocupada um bom tempo, até me oferece um novo sorriso. Aí foi irresistível, não consigo mais largar a Alê. Não paro de querer o bem da Alê. Agora acho que ela é linda, que ela é inteligente, que ela é mal aproveitada, que ela é brava e boa ao mesmo tempo. Que ela fala e não fala ao mesmo tempo. Você nunca sabe quando ela briga ou quando ela brinca. Um dia, fiz uma súplica desajeitada: "Ô Alê, quando você brigar comigo, você me avisa, viu?" Ela sorriu, mas nunca me avisou.Ontem eu conheci uma outra Alê. Uma Alê fora das paredes da Ponto. De perto, de alegria e de sorrisos. Conheci uma Alê com os olhos ainda mais azuis, com mais coração, com mais Alê. Meu avô falou que eu deveria ficar ao lado dela para sempre. Ela consentiu, vestida de branco. E ontem, quando ela falou "Volta Gian", queria que ela percebesse que já estamos com ela. Para sempre, na praia onde a areia é branca e a felicidade nos persegue.

Ju, suas palavras foram singelas como a visão de uma criança, livres e sem pudor, marcantes para a minha vida. As levarei comigo: para o meu blog aqui, para a minha caixinha de cartas. Não canso de lê-la. Siga o conselho do teu avô.

by Clarice Lispector

"... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso."

A importância do ENTUSIASMO

A palavra ENTUSIASMO vem do grego e significa ter um DEUS dentro de si.

Os gregos eram panteístas (acreditavam em vários deuses). A pessoa ENTUSIASMADA era aquela possuída por um dos deuses e por causa disso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Assim, se você fosse ENTUSIASMADO por Ceres (Deusa da Agricultura) você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita.

Segundo os gregos, só as pessoas ENTUSIASMADAS eram capazes de vencer desafios do cotidiano. Era preciso, portanto, ENTUSIASMAR-SE.

Assim, o ENTUSIASMO é diferente do otimismo. Otimismo significa acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez, até torcer para que dê certo.

No mundo de hoje, é preciso SER ENTUSIASMADO. A pessoa entusiasmada é aquela que ACREDITA NA SUA CAPACIDADEDE TRANSFORMAR AS COISAS, DE FAZER DAR CERTO. ENTUSIASMADA é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade. E só há uma maneira para ser entusiasmado. É AGIR ENTUSIASTICAMENTE! Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos ENTUSIASMARMOS, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois sempre teremos razões para não nos entusiasmarmos.

O ENTUSIASMO É QUE TRAZ A NOVA VISÃO DA VIDA.

Lu, você tem razão: os gregos eram muito sábios.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Llorando, por Rebekah Del Rio

Este foi postado pela Van, mas que precisei trazer pra cá. Esse já foi um dos meus vícios compartilhados, mas tinha toda uma cena para acontecê-lo. "A Van pediu para um amigo do trabalho baixar esta música. Aí ela me presenteou com esta surpresa, me chamando na máquina dela para ouví-la. Isso virou uma rotina. Toda vez que estava triste, corria para a máquina dela. O amigo foi embora, e entrou outro na parada. Mas este só enchia o nosso saco, dizendo - de novo vocês llorando? - ele se limitava à isso. Segue:

No es fácil de entender

Tomei para mim, sem pedir licença.
Nem procurei outra razão: senti o momento oportuno.
Toma agora pra ti: pega o que é teu, irmã d'alma.
Jamais haverá outra beleza que desequilibra como a tua.
Na alegria e na tristeza. Essa é pra você.

http://www.youtube.com/watch?v=oddg6dCB7FE

"No es fácil de entender
que al verte otra vez
Yo seguiré llorando"

Intensidade

Nossa, baixou um espírito em mim agora. Quero escrever no meu caderninho todo o meu sentimento, postar no blog tudo que penso, anotar todas as memórias da minha família, chorar tudo que tenho direito, ouvir minhas músicas preferidas até o fim, beber com as amigas até o último gole, planejar cada minuto da minha viagem, beijar até adormecer a boca, implantar um chip na minha cabeça para saber inglês por necessidade, degustar a lígua grega por puro prazer, abraçar somente por amor, sorrir apenas por felicidade, cheirar coisas boas para trazer lembraças também boas, assistir todos os filmes indicados, ler todos os livros da prateleira, cansar de ouvir Madeleine Peyroux...mas agora acho que pra tudo isso antes eu precisarei dormir.

A saudade de outro dia

Todo o dia à tarde mamãe se posiciona em frente à televisão para a novela das seis. Uma rotina que é quase um vício. Lá aparecem muitas crianças. Mas tem esse aí que chama a atenção - ele tem a carinha do Cris. Mas isso é coisa que só minha mãe e eu entendemos. Acho que nem rotina, nem vício. É saudade mesmo.

More is Less

Ontem estava convencendo a minha mãe de um topless em Santorini. Indignou-se, argumentou, achou um absurdo, mas depois calou-se.

Não vejo a hora de postar no blog a foto das 4 mulheres gregas no paraíso mediterrâneo. Uhu!

Parapan 2007

Não é demagogia, mas acredito em mediocridade mesmo. O Brasil está na classificação geral do Parapan 2007 e ... o que é isso mesmo? Ah, então! É isso. Os caras aí deste campeonato são como todos os de outras competições: ATLETAS. Nem mais, nem menos - são diferentes. E assim é a vida. São atletas, cidadãos, contribuintes, estudantes, filhos, amigos, até sacanas, por que não dizer, pois eles são gente como a gente. Deficiência física, mental, motora, visual, auditiva... Apresente seus filhos à esta realidade social. Faz bem. E, parabéns atletas da vida!

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Ah-hei... Ah-hei

música: A vida de viajante
cantor: Luiz Gonzaga
instrumento: sanfona
cena: um forrozinho bem juntinho, coladinho, susurrando ao pé do ouvido

Ah-hei...

Minha vida é andar, por este país
Pra ver se um dia, descanso feliz
guardando a recordação, das terras onde passei
Andando pelos sertões, dos amigos que lá deixei
Chuva e sol, poeira e carvão
Longe de casa, sigo o roteiro mais uma estação
E alegria no coração

Ah hei...

Minha vida é andar, por este país
Pra ver se um dia, descanso feliz
guardando recordação, das terras onde passei
Andando pelos sertões, dos amigos que lá deixei
Mar e terra, inverno e verão
Mostro um sorriso, mostro alegria mas eu mesmo não
E a saudade no coração

Ah-hei.....

Diálogos

# 1
(Nove da manhã, se dirigindo para uma reunião com o cliente)
- Alô?
(Voz distante)
- Quem fala?
- Com quem gostaria?
(Desconfiada até o último fio do corpo)
- É a Alexsandra Gerlova?
- Sim.
- Aqui é do Carrefour, e nós gostaríamos de saber se você quer participar de uma promoção e...
- Não, muito obrigada.
(Silêncio antes de desligar o telefone)
- Lê, não desliga, é a Tati.
- Haaaaaaaaaaaaa
(Grito de desespero, de saudade, de vontade de chorar, de alegria, de querer parar tudo só para falar com a amiga querida)

# 2
(Paro o carro para entrar em casa e sobe outro, dando luz alta)
- Fudeu!
- Lê? É a Dani.
(Obrigada Deus, obrigada anjo da guarda, obrigada mãe)
- Dani! Você por aqui?
- Vi você chegando. Vim mostrar minha barriga.
(E não é de chopp).
- Ah, você está linda! Só tem barriga, o restante está tudo igual.
- Ainda bem né amiga?

# 3
"Eu só quero que você, me aqueça neste inverno, e que tudo mais vá pro inferno"
- Hahahahaha

Nossa, muito bom ter minhas amigas por perto.
Papai do céu, cuide das meninas aí de cima, e de todas as outras já citadas aqui, e das que ainda vão aparecer ainda, e daquelas que surgirão até o final da vida. Amém.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Pensamentos...

Agora, com muito dos amigos distantes,
entro na sala dos pensamentos e fico divagando:
deixarei as coisas acontecerem no seu fluxo natural.
E assim será. Amém.
Aí tem os que ficaram ainda, que de vez em quando
vem até mim e me acarinham com uma lambida.

Ah saudade...














Eu só quero que você saiba / Que estou pensando em você / Agora e sempre mais / Eu só quero que você ouça / A canção que eu fiz pra dizer / Que eu te adoro cada vez mais / E que eu te quero sempre em paz

Tô com sintomas de saudade / Tô pensando em você / E como eu te quero tanto bem / Aonde for não quero dor / Eu tomo conta de você / Mas te quero livre também / Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você caiba / No meu colo / Porque eu te adoro cada vez mais / Eu só quero que você siga / Para onde quiser / Que eu não vou ficar muito atrás

Tô com sintomas de saudade / Tô pensando em você / E como eu te quero tanto bem / Aonde for não quero dor / Eu tomo conta de você / Mas te quero livre também / Como o tempo vai e o vento vem

Eu só quero que você saiba / Que estou pensando em você / Mas te quero livre também / Como o tempo vai e o vento vem / E que eu te quero livre também / Como o tempo vai e o vento vem

sexta-feira, 27 de julho de 2007

De Mario Quintana para Alexsandra Gerlova

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você. O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

Campos, obrigada por fazer a interface entre Mario e eu. És madrinha do nosso amor. Passe lá em casa para tomar uma taça de vinho conosco. Saudações.

Boas companhias

Simplismente sou apaixonada pelas crianças do Jostein Gaarder.
Abaixo transcrevo um trecho da obra
<<<<
Queríamos ir a Atenas, só que não para passar férias de verão: em Atenas, ou em algum outro ponto da Grécia, queríamos procurar mamãe. Não tínhamos certeza de que iríamos encontrá-la; e, caso a encontrássemos, não tínhamos certeza de que ela voltaria conosco para a Noruega. Mas precisávamos tentar, dizia meu pai, pois nem ele e nem eu podíamos suportar a idéia de ter de passar o resto de nossas vidas sem ela. Mamãe tinha nos deixado, meu pai e eu, quando eu tinha quatro anos.
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Mamãe quis sair pelo mundo para se encontrar. Meu pai e eu podíamos até entender que a mãe de um garoto de quatro anos se sinta perdida algum dia. E demos a ela todo o nosso apoio nesse projeto de se encontrar. Só que eu nunca consegui entender por que ela teve de ir embora para realizar seu desejo. Não consegui entender por que ela não pôde fazer isso dentro de casa mesmo, em Arendal, ou então por que não se contentou com uma viagem até Kristiansand. Meu conselho para todos os que querem se encontrar é continuarem bem onde estão. Do contrário, é grande o risco de se perderem para sempre.Já fazia tanto tempo que a mamãe tinha ido embora que eu já nem me lembrava muito bem como ela era. Só sabia que era muito mais bonita do que todas as outras mulheres. Pelo menos era o que dizia o meu pai. Ele também dizia que quanto mais bonita uma mulher, tanto mais difícil era para ela se encontrar.
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Este post é dedicado à Cristina. Vá e ganhe o mundo minha amiga. Ficaremos na saudade e na ausência de sua companhia para os dias sem gasolina.

Toda Sexta-feira

por Adriana Calcanhotto, numa tarde gostosa de sol se pondo, com umas boas companhias

Toda sexta-feira toda roupa é branca
Toda pele é preta
Todo mundo canta
Todo céu magenta

Toda sexta-feira todo canto é santo
E toda conta
Toda gota
Toda onda
Toda moça
Toda renda
Toda sexta-feira
Todo o mundo é baiano junto.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Soneto da devoção

Vinícius de Moraes, pelo olhar da Van.

Essa mulher que se arremessa, fria
E lúbrica aos meus braços, e nos seios
Me arrebata e me beija e balbucia
Versos, votos de amor e nomes feios.

Essa mulher, flor de melancolia
Que se ri dos meus pálidos receios
A única entre todas a quem dei
Os carinhos que nunca a outra daria.

Essa mulher que a cada amor proclama
A miséria e a grandeza de quem ama
E guarda a marca dos meus dentes nela.

Essa mulher é um mundo! — uma cadela
Talvez... — mas na moldura de uma cama
Nunca mulher nenhuma foi tão bela!

Entre milhares de motivos - ainda é o mesmo

Resgato aqui o motivo apresentado no blog da Comunidade Tríade.

Entre milhares de motivos, o pedido autêntico e unânime de duas amigas foi o principal. Elas precisavam de espaço para sonhar, escrachar, rir, se descabelar. Eu me uni à elas na crença de que, talvez, aqui esteja o essencial do que precisamos: liberdade para sermos Tríade.