segunda-feira, 28 de abril de 2008

Πάσχα

Hoje é Domingo de Páscoa para os Mundo Cristão Ortodoxo. A comemoração santa mais importante para os gregos é a Páscoa. Dizem que na Grécia tudo para na semana santa. Tudo é muito sagrado e cuidado pelo povo de lá.

Por aqui a Páscoa Ortodoxa significa missas durante toda a semana santa. Minha mãe e eu vamos apenas na Quinta e na Sexta-Feira Santa, dia da procissão. Nestes dias encontramos vários conhecidos na colônia na igreja, os patrícios.

Também tem o feitio das roscas de Páscoa (tsurékia) e biscoitinhos (kulurákia). Minha mãe sempre reuniu todos os filhos para a fabricação das kulurákias. Marcelo fazia a massa, eu fazia as trancinhas e o Cris fazia os seus bonequinhos para serem assados. Hoje eles ainda fazem parte do nosso dia.

Quebra de ovos (pintados de vermelho) para simbolizar a ressureição e um belo almoço de domingo. E a reunião é bem típica mesmo: todos cozinham, todos falam ao mesmo tempo todo mundo junto, brindam e comem muito.

Χριστός Ανέστη!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Hoje o dia foi...

Coisas acontecem na minha vida que logo pensam que dariam umas boas crônicas. Dessas de se colocar no blog ou se contar na mesa de um bar. Hoje veio a inspiração pra mais uma.

Em pleno evento de cliente, no meio de diretores, gerentes, assistentes e afins, eis que surge a pessoa. Na verdade, nunca dei muita bola pra este cara. Mas como eu estava lá, só escutando negócios e mais negócios, tomando uma taça de proseco, resolvi me abduzir daquela falação toda e comecei a botar reparo.

Bom, eis que chega a hora do contato.

Ale: Podemos tirar uma foto?
Raí: ... (Não falou nada, mas fez que sim com a cabeça)
A: ... (Não falo nada, obviamente, e me posiciono ao seu lado)
R: Qual o seu nome?
A: ... (Somente pensei neste momento - O QUÊ???)
R: Qual é o seu nome?
A: A-Alexsandra
R: Muito prazer Alexsandra


CAROL, essa é pra você minha linda!!!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Encontros


Aprendi este final-de-semana que a comida e a bebida reuni as pessoas. Foundie. Vinho.
Na verdade, o que reuni as pessoas é o amor.
E aqui há aos montes.

sábado, 5 de abril de 2008

A trilha de hoje

Hoje eu me calo.
Deveria ter me calado antes, mas sempre acredito nas coisas e no meu poder.
Daqui pra frente, apenas ouço. E obeceço.
Por ora, me cansei de lutar.

Kiss Me, by The Cardigans

Kiss me, out of the bearded barley
Nightly, beside the green, green grass
Swing, swing, swing the spinning step
You wear those shoes and I will wear that dress

Oh, kiss me beneath the milky twilight
Lead me out on the moonlit floor
Lift your open hand
Strike up the band and make the fireflies dance
Silver moon's sparkling, so kiss me

Kiss me down by the broken tree house
Swing me upon its hanging tire
Bring, bring, bring your flowered hat
We'll take the trail marked on your father's map

Oh, kiss me beneath the milky twilight
Lead me out on the moonlit floor
Lift your open hand
Strike up the band and make the fireflies dance
Silver moon's sparkling, so kiss me
Kiss me beneath the milky twilight
Lead me out on the moonlit floor
Lift your open hand
Strike up the band and make the fireflies dance
Silver moon's sparkling, so kiss me
So kiss me
So kiss me

Trilhas Sonoras

Para tudo na minha vida eu escolho uma trilha sonora. Para o momento no trabalho, para o momento do amor. Carnaval. Ano Novo. Festa. Aniversário.

Esta aqui foi a do aniversário deste ano: A Letra A (Nando Reis)

A letra A do seu nome
Abre essa porta e entra
Na mesma casa onde eu moro
Na mesa que me alimenta

A telha esquenta e cobre
Quando de noite ela deita
A gente pensa que escolhe
Se a gente não sabe inventa
A gente só não inventa a dor
A gente que enfrenta o mal
Quando a gente fica em frente ao mar
A gente se sente melhor

A abelha nasce e morre
E a cêra que ela engendra
Acende a luz quando escorre
Da vela que me orienta
Apenas os automóveis
Sem penas se movem e ventam
Certeza é o chão de um imóvel
Prefiro as pernas que me movimentam

A gente em movimento: amor
A gente que enfrenta o mal
Quando a gente fica em frente ao mar
A gente se sente melhor

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Palavras de Mario Quintana

Hoje a Lu me aguçou em amar Mario Quintana. Aí fiz uma breve seleção das suas palavras. Estou viva e quero viver.

A ARTE DE LER. O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria.

AS INDAGAÇÕES. A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

A VERDADEIRA ARTE DE VIAJAR. A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa, Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo. Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali... Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!

BILHETE
Se tu me amas,
ama-me baixinho.
Não o grites de cima dos telhados,
deixa em paz os passarinhos.
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim...,
tem de ser bem devagarinho,
amada,
que a vida é breve,
e o amor
mais breve ainda.

Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho.

Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!

Quem não compreende um olhar, tampouco compreenderá uma longa explicação.

Uma vida não basta ser vivida. Ela precisa ser sonhada.

O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.

O segredo é não correr atrás das borboletas...É cuidar do jardim para que elas venham até você.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

um presente

O VÔO

Goza a euforia do vôo do anjo perdido em ti.
Não indagues se nossas estradas, tempo e vento, desabam no abismo.
Que sabes tu do fim?
Se temes que teu mistério seja uma noite, enche-o de estrelas.
Conserva a ilusão de que teu vôo te leva sempre para o mais alto.
No deslumbramento da ascensão
se pressentires que amanhã estarás mudo
esgota, como um pássaro, as canções que tens na garganta.
Canta. Canta para conservar a ilusão de festa e de vitória.
Talvez as canções adormeçam as feras
que esperam devorar o pássaro.
Desde que nasceste não és mais que um vôo no tempo.
Rumo do céu?
Que importa a rota.
Voa e canta enquanto resistirem as asas.

Menotti del Picchia
Autor do poema acima. Jornalista, poeta, romancista, contista, ensaísta, teatrólogo, historiador e pioneiro da indústria cinematográfica brasileira, Menotti Del Picchia é uma das maiores expressões da vida cultural paulista, com destacada atuação em todas as áreas por onde trafegou, entre as quais a Semana de Arte Moderna em 1922, da qual foi um dos líderes.

Fernando Colella
O que me presenteou com o poema acima. Designer. Teatrólogo. Músico. Filósofo. Meu puta amigo. Ele diz que estudou comigo apenas um ano na faculdade, mas parece bem mais. Anos de indas e vindas, mas nunca com a quebra do nosso vínculo. Ele tem razão: a vida é na verdade bem mais leve que toda essa filosofia que forjamos para sobreviver em um mundo repleto de complicações e dúvidas.

Isa e Ale



Bom, agora Isabela tomou conta do meu blog. Mas não dá mesmo para aguentar. Olha que delícia de bebê! E a Dani, corajosa que é, deixou eu fazer tudo (quase) sozinha. Mas digo que isso acabou comigo. A mãe diz que sou muito mole. Mas digo que isso é o primeiro passo para a Maria Luiza.

A Dani é minha inspiração. Desde os nossos 12 anos.
E a cada encontro sinto mais orgulho da mulher que se tornou. E que ainda há muito por vir.

independência

Então, uma dos objetivos de vida agora é aprender a comprar roupas e sapatos sozinha. Nunca eu consegui comprar nada sozinha. Sempre tinha que carregar amigas, namorado, mãe e irmão.

Aí resolvi me tornar independente.
E isto me causou uma história engraçada - pelo menos para mamãe, Mai e Van.

Queria muito uma roupa nova para o meu aniversário. Daí entrei numa loja moderninha e escolhi um vestido de inverno. No começo achei ele meio estranho, mas confiei na contemporaneidade da loja. E comprei.

Chegando em casa, minha mãe solta o primeiro comentário: este modelo não é antiquado demais pra você?Parece mais um vestido da sua avó! Que absurdo! Óbvio que não! Minha mãe estava fora dos padrões. Mas ela não disse mais nada, com medo que eu ficasse brava.

Depois disso, tirei uma foto e mandei para a Mai para saber a opinião dela. Mandei, mas cortando da foto a minha cabeça. Pois, se ela achasse muito ridículo, eu não precisaria cortar realmente a minha cabeça, de vergonha da situação. Aí veio o comentário: Ale, eu acredito que este modelo não ficou muito bom pra você. Mas talvez seja a foto que não está muito boa. Bom, mais um ponto negativo para a porra do vestido.

O ponto alto da história foi com a Van. E a sequência do diálogo foi assim:
- Van, comprei um vestido. Mas estou na dúvida.
- Ah é, e como ele é?
- Bom, ele é comprido, todo estampado, feito para o inverno.
- E que mais?
- Ele é cheio de botões?
- Alexsandra, não vai me dizer que ele é de manguinha e tem gola?
- Nossa, como você adivinhou?
- VAI TROCAR JÁ ESTA "COISA"

Bom, depois de toda esta sutileza, resolvi mesmo abandonar o meu novo vesido de aniversário de inverno 2008.

Mas posso dizer que toda esta questão renderam boas e longas risadas. Escrevendo aqui fico lembrando das gargalhadas da Mai, da bronca e das risadas da Van e da minha mãe. Todas rindo muito de tudo isso. E eu também, é claro.

Não fiquei com o vestido, mas ganhei uma bela história para a Tríade.

*O melhor de tudo: muito pensei no frio, mas o dia do meu aniversário fez um belo dia de sol e calor.

meu dia, continuação...

Demorei para voltar, mas eu acho que é porque estava anestesiada.

Como é bom fazer aniversário, não?
Antes eu gostava muito de Natal. Depois achava que uma grande data era a Páscoa. Algum tempo depois, a virada para o Ano Novo era fantástica.
Hoje em dia minha data de comemoração preferida é o meu aniversário.

Aniversário é dia de contar com gente que não falta nunca na sua vida. Também é dia de reencontrar velhos amigos. Ligações. E-mails. Festa.

O dia começa à meia-noite, com gente que amo demais e que sempre estam comigo.
Depois é a vez da minha mãe, que somente fala comigo às 7 da manhã, pois este é o horário do meu nascimento. Aí ela aproveita para contar desde a história da minha gestação até o momento do parto - que ela não poderia estar mais feliz, pois ela sempre quis uma menina, e como naquela época não se fazia como hoje o ultrasom, ela somente me descobriu no momento do parto. Aí temo meu pai, que me abraça ainda enrolada na toalha do banho.

Amigos, filhos, irmãos, cachorro, periquito, papagaio.
Todo mundo está presente.

Muito discuti sobre o local da comemoração. E não poderia ser ambiente melhor. Ao som de bossa nova? Ao vivo? Cercada de gente querida? Ah, é disso que eu gosto.

Tinha momentos que eu sentava sozinha numa mesa para apreciar o encontro. Não enconto só meu, mas encontro entre os meus amigos. Vê-los juntos, rindo e bebendo, é muito bom.

dezoito de março
vinte e nove