terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Capítulo 6.1:: Nea Redestos, em Thessaloniki

Acho que este sentimento é indescritível.
Eu não ousaria tentar transpor em palavras o sentimento de retorno à sua origem: ao país, à cidade, ao bairro, à casa, aos vizinhos, aos antigos amigos. Nossa, é muita coisa.
Ainda mais pensar que você nasceu naquele lugar, onde tudo já está mudado, que a casa que você deixou não existe mais. E também não está mais com você o seu pai, a sua mãe, a sua irmã mais velha.
Que um dia, por decisão do seu pai, você largou tudo aquilo e foi para um país distante e desconhecido.
Mas acho que o mais duro foi ouvir a sua matriarca dizer que nunca quis esta mudança, que seu marido nunca perguntou sua opinião, e que não aceitou esta decisão por toda a sua vida.

Minha mãe, minha origem, você é foda. Não tenho um tico da sua força. Mas rezo todos os dias para tê-la.

As imagens aqui não possuem a beleza da paisagem grega.
Elas são belas porque possuem história.
A história de uma família. A minha família. E presenciar este encontro foi fantástico. E isso é para poucos nesta vida.


Entrada do bairro, com o seu nome "Nea Redestos"


Esta é a carinha do lugar



A igreja onde todos os filhos foram batizados


A primeira escola


Rua 25 de Março - o endereço da minha mãe na Grécia


Quando elas se depararam com o terreno da antiga casa. Aqui elas choraram

Esta mulher de azul foi amiga de infância das minhas tias. E elas lembravam uma da outra mesmo depois de mais de cinquenta anos


Esta do meio é uma outra amiga. Mas ela ficou tão feliz com este encontro que me emocionou

Assim eram as casas de antigamente



E hoje elas se transformaram

Um comentário:

Vanz disse...

TUDO É QUANDO DEVE SER.

Adote pra ti. Aplique. Já é seu.

Beijos

PS: estou adorando entrar aqui e ler você. Gosto bom de te quero mais, gata!